Quando qualquer desconforto aparece, costumamos nos preocupar. Isso também acontece quando surge a dor na mama após a cirurgia de prótese de silicone, mesmo quando ela ocorre anos depois da cirurgia.

Sim, é preciso investigar o que pode estar acontecendo. Contudo, na maioria dos casos, trata-se de problemas simples e passageiros, como o incômodo comum nos seios gerado pelo ciclo menstrual. Contudo, é claro que existem situações mais complexas, como a contratura capsular, que exige acompanhamento e tratamento adequado.

Então, decidimos explicar os principais fatores que geram a dor nas mamas após a inclusão da prótese de silicone para você ficar atenta e, caso eles apareçam, procurar o cirurgião plástico para checar o que está causando o incômodo. Acompanhe na leitura.

A contratura capsular

Essa é uma das causas que pode gerar dor nos seios em mulheres com próteses de silicone

Portanto, saiba que a contratura é uma condição gerada pelo organismo quando ele percebe que o silicone é um objetivo estranho. Isto é, uma conduta do corpo para se proteger contra o que ele considera uma ameaça, algo normal e que pode ocorrer em diversas outras condições, não só nas cirurgias plásticas.

Dessa forma, é criada uma “cápsula” ao redor do implante, um tipo de tecido inflamatório. Com o decorrer do tempo, ela pode enrijecer, gerando dor e até modificando o formato das mamas.

A paciente também pode sentir os seios mais endurecidos e visualizar pequenas ondulações na pele.

Os graus de contratura e a dor nas mamas após a prótese de silicone

Existem diversos graus de contratura capsular. Cada um deles causam determinados sintomas, incluindo a dor nas mamas. Veja quais são eles:

– Grau I: forma leve de contratura, que causa um endurecimento pouco perceptível;

– Grau II: ainda não costuma aparecer nenhum desconforto, mas os seios podem mudar de formato;

– Grau III: a paciente já pode começar a sentir dor e perceber o aumento do endurecimento;

– Grau IV: é o estágio mais avançado. Há dor, modificações no formato das mamas e rigidez.

É importante fazer um acompanhamento a cada dois anos com o médico para analisar as próteses, mesmo quando não há nenhum problema aparente. Essa é a recomendação de cuidados com os implantes ao longo dos anos.

Além disso, ao diagnosticar a contratura logo nos primeiros estágios, podemos estratificar os tratamentos e em alguns casos evitar uma nova cirurgia.

Outras possibilidades

Existem outros fatores que também podem gerar dor nas mamas após a prótese de silicone. Um deles, como já mencionamos, é causado por determinadas fases do ciclo menstrual, quando algumas mulheres sentem os seios mais sensíveis. Uma situação passageira e comum.

Uma outra causa é a mastite, que pode aparecer durante a amamentação. Por fim, também é preciso considerar se não foi feito nenhum esforço adicional que possa ter gerado o desconforto, como exercícios físicos pesados.

Quando é preciso trocar a prótese de silicone?

A boa notícia é que, dependendo do grau de contratura, nem sempre é necessário trocar a prótese de silicone. Por exemplo, quando ela está em grau I ou II, é possível interromper o progresso da condição com medicamentos. Como já falamos, diagnosticá-la de forma precoce é fundamental.

Porém, com o avanço para as outras etapas é indicada a substituição dos implantes. Dessa forma, a paciente será submetida a uma cirurgia para retirada das cápsulas e troca das próteses.

Ao sentir qualquer dor na mama com prótese de silicone, procure o seu médico

Você deve ter percebido que a dor na mama pode ser algo corriqueiro, mas em alguns casos requer avaliação médica. Portanto, cuide-se bem!

Ao sentir qualquer incômodo nos seios, procure o seu cirurgião plástico e/ou outro especialista com quem você costuma se consultar (ginecologista ou mastologista, por exemplo). Dessa maneira, é possível identificar corretamente o que está causando o problema e ter o tratamento adequado. Você ficará com a sua saúde em dia e também com um decote lindo!

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Douglas Monteiro